Assertividade ou Baixa assertividade?
Você é assertiva ou é uma pessoa sem assertividade?
Descubra como você é lendo o texto abaixo.
Quantas vezes você quis e até ensaiou respostas e acabou por
não falar nada, ou simplesmente submeteu-se a questionamentos, situações e
brincadeiras de amigos e familiares, e foi para casa frustrada consigo mesmo?
Pessoas com esse comportamento, muitas vezes e acham tímidas
e retraídas demais, mas na realidade é uma pessoa com baixa assertividade. E
pode se dizer que pessoas com baixa assertividade sofrem demais por não
conseguir controlar seu ambiente ou situação. Ela sente dificuldade em
expressar-se objetivamente e acaba por “engolir sapos”. E mesmo sentindo frustrações
não são capazes de mudar seu comportamento. Algumas são capazes de afirmar:
“Nasci assim, sou assim e não posso mudar.” Por exemplo: Você não quer fazer um
daqueles “favorzinhos” que vivem te pedindo, mas fica muito sem jeito em dizer
“não”, ou então sente muita dificuldade em se fazer respeitar quando os amigos
vêm com aquelas brincadeirinhas sem graça, você imagina que ao mostrar que não
gostou você estará perdendo o amigo.
O que é assertividade?
Assertividade, com certeza, é uma forma de comportamento que
alguém deve desenvolver, porque é a forma mais fácil de atingir os objetivos.
Mesmo se o objetivo for uma coisa simples como uma troca de um produto que não
tenha sido entregue com as especificações combinadas, ou se posicionar diante
de alguém que furou a fila à sua frente, ou de passar orientações para seu
filho por ele não estar cumprindo as regras, ou falar com marido, namorado,
colegas, chefe. Qualquer desses objetivos você, com certeza, atinge de forma
muito mais fácil quando você é assertivo. ". É possível
perceber que ser assertivo é a única forma de finalmente conseguirmos controlar
o nosso ambiente. Controlar como as
pessoas falam conosco, ou Ser "Efetivo e interpessoal". Ser assertivo
é justamente conseguir dizer “não”, na hora certa, da forma certa, e sem se
indispor com as pessoas envolvidas. Sendo que o mais recompensador é perceber
que você pode fazer isso, ser afirmativo, sem se tornar uma pessoa cruel, má ou
uma pessoa mal vista pelos colegas, ou familiares. Mas ser assertivo de verdade
é conseguir se expressar, conseguir se colocar de uma forma afirmativa diante
das pessoas e ainda assim ter essas pessoas do seu lado, ainda assim ter a
simpatia das pessoas.
A importância de ser Assertivo
Ter esse comportamento assertivo está no próprio estresse do
dia a dia. Se você não conseguir administrar as cobranças impostas, tanto no
ambiente do trabalho como em casa, mais aumenta a sensação de impotência,
aumenta a raiva e a amargura. Um bom exemplo disso é quando você pretende falar
a seu chefe, algo eu lhe incomoda, e você começa a pensar, mas se ele ficar com
aquela cara de incrédulo na sua frente e você desanimar, você vai perder o
rebolado porque se deixou contaminar pela expressão facial dele, você não
conseguiu ser assertivo. Esse sofrimento pode ser o causador de uma série de
problemas psicológicos, como por exemplo: Síndrome do pânico, depressão,
ansiedade. Ansiedade é um transtorno que nem sempre é identificado facilmente,
pois a noção do senso comum é que ansioso é aquele que fica andando de um lado
para o outro, que é inquieto. O que não é bem assim. Essa é só uma face da
ansiedade. Um transtorno de ansiedade é também identificado pelas preocupações
desproporcionais.
Como alguém se torna pouco assertivo?
O comportamento passivo, ou “não assertivo” pode ter sido
aprendido. Culturalmente a mulher é criada para se “comportar” e isto pode
significar não se defender, aceitar o que lhe é oferecido sem questionar. A
mulher aprende que o ideal é estar dentro das convenções onde se espera que ela
nasça, cresça, case, procrie e seja feliz para sempre.
Aliás essa mulher convencional quase não existe mais.
E nem sei se um dia existiu. Muitas culturas ensinam o
comportamento passivo. Não é incomum alguém dizer às crianças: “Não responda
para as pessoas... Seja uma menina bonitinha... Fique quietinha...” O
importante é saber que a assertividade pode ser aprendida, todo comportamento
pode passar por um reaprendizado, e isso independe da idade.
Como posso ser assertivo?
Expressando diretamente os seus pensamentos, suas opiniões,
sem ameaçar ou castigar as outras pessoas. É fazer os outros saberem quem você
é, sem dominar ou humilhar a outra pessoa. Ser assertivo implica em ser respeitado.
É deixar de ser servil. É não mais fazer de conta que o outro está certo e que você
deve concordar com ele só porque o outro é mais poderoso, mais velho, tem mais
conhecimento, é homem, é mulher ou o que for. É possível que o que você tenha
aprendido como sendo respeito, pode na realidade significar servilismo. Sei que
todas as pessoas merecem o mesmo respeito. Ser assertivo implica em dois tipos
de respeito, o respeito por você mesmo, e o respeito pelo outro. É aí que todo
mundo confunde ser assertivo com ser agressivo. Quando alguém, depois de muito
comportamento passivo, acaba tendo atitudes agressivas, que é o outro extremo,
tão indesejável quanto à passividade.
Como identificar um comportamento assertivo?
O comportamento não assertivo pode ser observado quando você
pensa em todas as situações em que foi engolindo, engolindo, engolindo, até que
um dia a conversa acaba em troca de desaforos e coisas ditas para se arrepender
no dia seguinte. Aí o que se consegue é mais um problema, pois em geral a
pessoa se sente culpada por ter explodido, “e percebe que fez um papelão. Quando
você não consegue expressar seus pensamentos e sentimentos de forma honesta,
você permite que os outros violem os seus sentimentos. Mas foi você que abriu
essa porta e permitiu que o outro abusasse. Quando você começa a agir de forma
auto derrotista, por exemplo, se desculpando por tudo, se desculpando por
existir, por ocupar um lugar no mundo, agindo com falta de confiança, é aí é
que os outros encontram a porta aberta, encontram a fragilidade em você. Porque
a mensagem que você está passando é: “Eu não conto”, “Meus sentimentos não
importam”, “Suas ideias são as únicas que valem a pena ser ouvidas”. Essa
mensagem auto derrotista aparece não só nas coisas que você diz não, parece
também na comunicação não verbal. Você também é não-assertivo quando evita o
olhar direto para as pessoas, ou sua fala é vacilante, a postura do seu corpo é
tensa, seus movimentos são estranhos. E tudo passa a mesma mensagem: “Eu não
sou tão importante. Não sou tão interessante “Isso é ser não-assertivo. É
quando você não tem respeito às suas próprias necessidades.
Como identificar o comportamento não assertivo?
Uma forma não assertiva sutil é percebida quando você não
respeita a capacidade do outro em lidar com os problemas dele. É quando você
assume responsabilidades que não são suas. Quando você assume o problema do
outro porque acha que o outro não tem capacidade de lidar com aquilo. Mas
muitas vezes você não está ajudando o outro. Você está atrapalhando o
crescimento dele, você tirou a oportunidade dele de adquirir seu próprio
aprendizado. Ser não assertivo é também quando você tenta evitar conflitos a
todo custo. Ex: Pense nas situações em que você disse uma frase destas: “Eu fiz
todo o trabalho sozinho porque sei que não adianta contar com ninguém mesmo”.
“Eu paguei a conta sozinho porque assim fico livre daquela pessoa.” Aí você
reclama que ninguém te entende. Você se sente sozinho na multidão. Claro! Está
faltando aprender a se comunicar. A parar de se comunicar de forma incompleta.
Quer um exemplo de comunicação incompleta?
É quando você diz assim: “Meu marido não é nada romântico.
Ele tem que saber que eu gosto de ganhar flores!” Comunicação incompleta é
quando você acha que não precisa dizer uma coisa porque essa coisa é OBVIA! Mas
é óbvia pra você, nada garante que é óbvia para o outro.
Prejuízos da não assertividade:
Quem não é assertivo
acaba sendo incompreendido. Sente-se
manipulado pelos outros. Sente que os outros não o levam em conta. Por exemplo:
quando seu grupo combina de pedir uma pizza, todos dão opinião quanto a que
sabor encomendar, muitas vezes nem pedem a sua opinião, mas mesmo se pedirem é
possível que acabem encomendando outro sabor totalmente diferente da que você
queria comer. É por isso que quem não é
assertivo está sempre se sentindo irritado e acaba sendo hostil, até mesmo sem querer.
E o saldo final disso tudo? Culpa, ansiedade, depressão, baixa autoestima e
talvez ainda queixas psicossomáticas, como dores de cabeça, úlceras, causados
pelos sentimentos reprimidos. O Ser humano tem capacidade de suportar
frustrações, mas há limites. Uma hora a coisa tem que sair de alguma forma. E
sempre sai em forma de sintomas. Sintomas somáticos, seu corpo fica doente, ou
sintomas psicológicos. Mesmo quando aparecem sintomas somáticos como dor de
barriga, falta de ar, dor de cabeça, tonturas, não adianta procurar só o
médico, porque ele vai tratar apenas esses sintomas, quem vai tratar a causa é
o psicólogo. Estes sintomas tem causa psicológica. Quem não é assertivo tem
como problema principal não dizer o que pensa. Aí os outros tem que ler os seus
pensamentos, e é claro que não é fácil que os outros adivinhem os teus sentimentos.
Como por exemplo: "Eu nem deveria ter que falar, ele tem que saber que eu
quero que ele me ajude”, ou "É claro que ele devia saber que eu fiquei
bravo, estava na cara". Portanto o grande problema em não ser assertivo é
pecar em querer que os outros leiam nossa mente. Outro exemplo: Deixar que os
outros tomem decisões por nós. Você quer sair com amigos, quer fazer um
determinado tipo de programa, mas não se manifesta, fica torcendo pra que
decidam fazer o que você estava pensando. Assim como você não é tão poderoso a
ponto de conseguir ler mentes, as outras pessoas também não, o resultado mais
provável em uma situação dessas é a sua decepção. Quem tem algum desses
comportamentos não assertivos tem como resultado o não conseguir gostar de si
mesmo, sentimentos de inferioridade, é a pessoa do tipo que sempre acha que
aquela roupa bacana não fica bem nela, só na vizinha, aquele emprego
interessante também não é para ela, ela jamais conseguiria trabalhar naquela
boa empresa, mas seus colegas... Aí sim, pra eles tudo bem. Ou também quando a
pessoa se coloca em demasia em papel de subordinação, até mesmo tendo uma
posição interessante ainda se comporta como se fosse subordinada ao seu colega
de trabalho que estaria em nível hierárquico equivalente. Ou dá mais autoridade para pessoas que até
tem poder sob um aspecto específico, por exemplo permitir que seu chefe se
envolva em áreas particulares da sua vida. Daí vem muito da tensão do seu dia a
dia, tentar solucionar questões do dia a dia com indiretas, dicas, não dá
resultado. Você acaba com o seguinte pensamento: “Não adianta. Já fiz de
tudo... não é possível fazer com que os outros me respeitem” ...Pare de se
desculpar por existir. Se goste mais. Invista em você. Se não consegue sozinho
procure ajuda profissional. Quem vive querendo ser tudo para todo mundo acaba
não sendo nada para ele mesmo. Não se deixe levar pelo estilo camaleão, que
tenta agradar aos outros e só aos outros, nunca a si mesmo. Não sinta culpa,
troque a palavra culpa por responsabilidade. Ter responsabilidade significa que
você tem condições de ser influente em sua própria vida. A pessoa que não é
assertiva é do tipo que pode até ser honesta intelectualmente, mas
emocionalmente ela é uma mentirosa. Ela finge que está tudo bem quando no fundo
está sofrendo com as coisas que estão acontecendo a sua volta, faz cara de
paisagem. E até sua cortesia é uma mentira, porque muitas vezes ela está
tratando muito bem uma pessoa mas é porque tem medo do outro. Uma pessoa assim
está sempre planejando, não consegue ser espontânea “Se eu for lá agora vai
significar que estou interessada, e não devo demonstrar interesse”, ou “Eu não
posso sorrir muito senão vão me achar uma boba... não posso ficar séria senão
vão me achar esnobe... Não posso ficar de pé senão vão achar que estou sem
graça... não posso sentar senão vão achar que estou de lado”. Conseguir
acrescentar a assertividade em sua vida como opção de comportamento é o ideal,
é o que te dá tranquilidade mental e equilíbrio.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia
ou psicoterapia oferecida por um psicólogo, esse texto faz parte de postagens de Marisa de Abreu Alves Psicóloga -